sábado, setembro 13, 2014

ARTIGO: A IMPRENSA TEM QUE SER LIVRE. NÃO DEVE SER ESPAÇO DE ALUGUEL PARA PATROCINAR POLÍTICOS.

Um assunto que mexe muito com o que eu penso de liberdade de imprensa que inclui o direito de ir e vir (o livre arbítrio) e da abertura que um profissional tem de falar sem censura e sem as amarras que alguma coisa o impeça de emitir um parecer sobre algo, pode não ser o pensamento de todos. Isso evidente é uma ação subjetiva.

Tenho muito respeito pelos colegas que fazem jornalismo, mas me sinto na obrigação de não considerar intrínseco a ligação dos profissionais jornalistas e seus respectivos  meios de comunicação, com vinculação contratual ao poder público. Isso notadamente o torna um mensageiro das regras impostas e deixa de prestar um serviço útil aos anseios do leitor e da população. Ele nunca pinta um quadro cinzento e tem sempre a visão de túnel.

Portanto só me entristece o patrocínio revelado do fortalecimento do coronelismo eletrônico, das milícias midiáticas que agora, tem se encorpado nas mais novas ferramentas inforcomunicativa – os blogs, que muitas vezes são criados com o verdadeiro intuito do benefícios e das vantagens pessoais. E o vínculo com os poderosos do turno, tem sido a ferramenta principal de ascensão desses profissionais, que podem muito bem buscar outras fontes para a sobrevivência (publicidade com os serviços privados) e se esquivar das ofertas do dinheiro público que tem o interesse de calar quem devia exercer o seu verdadeiro papel - livre, leve e solto.

O contrato da imprensa (aqui quase toda recebe cachê para se calar diante dos desmandos) com a prefeitura (o que tornar público já é um absurdo) tem um caráter e um sentido óbvio: não falar mal da gestão do prefeito, mesmo que ela não concorde com os acontecimentos que têm deixado à população desestimulada e descontente.

Fala-se mal da companhia de água, da empresa de energia, dos prefeitos dos outros municípios, da corrupção no país, e nós acabamos de comprovar que comungamos diretamente com toda essa desordem. Nesse caso eu exemplificaria um tripé para demonstrar o meu verdadeiro interesse e paixão pelo jornalismo:

CIDADÃO, JORNALISTA E FUNCIONÁRIO PÚBLICO.

Como cidadão que vota, que tem suas pretensões pessoais, suas opiniões, seus candidatos, enfim, o passaporte para suas escolhas;

Como jornalista que consegue escrever com imparcialidade, sem paixão, que só opina sobre como votar, que não faz menção ao patrocínio de nenhum político, que também publica o que os políticos não gostam de ver publicado, mas que reverencia e respeita o seu leitor;

Como funcionário público que preza pela função que exerce e que gosta da ética, que é austero e incorruptível.

Esses três são um só. Que divide, que é distinto, que é implacável, mas que recomenda a separação de cada um, para os princípios democráticos e da liberdade serem respeitados. E nós que fazemos o jornalismo temos que seguir essa linha de pensamento, do contrário o que fazemos não passa de um negócio.

E tenho dito.





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